Laboratório Aberto de Físico-Química 2012 (13 de Junho)

No âmbito do Dia do Departamento de Matemática e Ciências Experimentais, realizado a 13 de Junho, o Clube de Ciências Roque Gameiro Explorer, em colaboração com o Grupo de Física e Química da escola, dinamizou a actividade "Laboratório Aberto de Físico-Química", este ano dirigida a alunos do 5.º ano do agrupamento escolar.

A actividade contou com a colaboração de vários alunos do clube (das turmas 8.º/3.ª e 8.º/4ª, no turno da manhã, e da turma 9.º/6.ª, no turno da tarde) que, tal como em anos anteriores, desempenharam a função de monitores das várias experiências montadas.

Abaixo apresentam-se algumas fotografias ilustrativas das experiências realizadas durante as sessões do Laboratório Aberto, na sala E.7.1.

Tal como no ano lectivo anterior, a adesão do público-alvo às actividades implementadas revelou-se extremamente satisfatória, sendo de realçar ainda a disponibilidade do aluno Gonçalo Esteves (turma 8.º/4.ª) do Clube de Ciências, que, enquanto monitor de várias das experiências realizadas, esteve presente em todas as sessões do Laboratório Aberto, quer no período da manhã, quer no período da tarde.

Velas aromáticas artesanais

Outro miniprojecto orientado pela prof.ª Laura Pinto, e desenvolvido pela aluna Joana Raimundo (da turma 8.º/3.ª), foi o fabrico de velas aromáticas artesanais a partir de velas usadas e óleo alimentar usado (para saber mais sobre a importância da reciclagem do óleo alimentar e como aproveitar o óleo usado na fabricação de velas aromáticas ver aqui e aqui).

Tal como no caso do miniprojecto "fabrico de uma pasta de dentes artesanal", também este trabalho foi apresentado na Exposição AMADORA EDUCA 2012 [decorrida entre 30 de Maio e 3 de Junho], integrando o ateliê de velas aromáticas organizado pelo Clube do Ambiente/Programa Eco-escolas da escola no stand do agrupamento escolar.

Os materiais utilizados no projecto foram os seguintes:

1. velas usadas e lápis de cera coloridos;
2. óleo alimentar (previamente filtrado);
3. óleo de essência aromática;
4. coador para filtrar o óleo;
5. recipiente metálico (fervedor);
6. formas de alumínio e fio de algodão (para o pavio das velas novas);
7. placa de aquecimento.

 As etapas do procedimento experimental seguido pela aluna podem ser facilmente visualizadas nas fotografias seguintes:


1. Num local arejado, derreter as velas e os lápis de cera, tendo o cuidado de manter a parafina líquida (principal constituinte da cera) abaixo dos 95 ºC. Para tal será conveniente a utilização de um termómetro de 100 ºC. Usar como fonte de aquecimento uma placa eléctrica, uma vez que a parafina é um material inflamável.

2. Como variante ecológica, adicionar óleo alimentar previamente filtrado (o equivalente a cerca de 2/3 de um gobelé de 50 mL) à cera derretida, bem como a essência aromática pretendida (esta última deve ser adicionada já perto do fim do aquecimento).

3. Verter a cera derretida para os moldes pretendidos (neste caso, formas de alumínio).

4. Inserir os pavios na cera derretida, suspendendo-os com recurso a molas da roupa. Deixar a cera arrefecer, até as velas solidificarem nas formas.

5. O resultado final do projecto: 4 velas aromáticas artesanais (sólidas) e prontas a a usar.

Além da parte prática do miniprojecto, a aluna elaborou ainda um póster científico (exposto no stand da escola no AMADORA EDUCA) e um relatório como registos escritos do trabalho de projecto realizado no clube no ano lectivo 2011/2012. 

Olimpíadas de Química Júnior 2012 (8ª edição)

Além dos projectos científicos desenvolvidos pelos alunos, e subsequente participação em eventos como a VI Mostra Nacional de Ciência e a Exposição AMADORA EDUCA 2012, o Clube de Ciências, por via do aluno Pedro Reis (da turma 9.º/7.ª), participou também na 8.ª edição das Olimpíadas de Química Júnior (para alunos do 3.º ciclo do ensino básico), organizadas pela Sociedade Portuguesa de Química.

Fazendo equipa com mais duas colegas do 9.º ano, Jéssica Soares (turma 9.º/7.ª) e Raquel Gama (turma 9.º/4.ª) [não inscritas no clube], os três alunos foram orientados pela prof.ª Laura Pinto, do Clube de Ciências, e pela prof.ª Maria João Esteves, do Grupo de Física e Química da escola.

A participação desenvolveu-se por várias etapas, tendo os alunos vencido a semi-final, que se realizou a 14 de Abril, na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), e a final da competição, realizada a 5 de Maio no campus da Alameda do Instituto Superior Técnico (IST).
Parabéns, pois, aos alunos e às professoras envolvidas pelos excelentes resultados obtidos, tanto mais relevantes quanto esta foi a 1.ª participação da escola (e do clube) em olimpíadas desta área disciplinar.

As fotografias abaixo ilustram alguns dos momentos passados na semi-final e na final da competição.

 

1. Pátio de entrada do edifício C8 da FCUL.

[semi-final, 14 de Abril].

2. Actividades experimentais de química na FCUL.

[semi-final, 14 de Abril].

3. Actividades experimentais de química na FCUL (continuação).

[semi-final, 14 de Abril].

4. Sessão de demonstrações com azoto líquido (auditório do IST).

[final, 5 de Maio].

5. Sessão de demonstrações com azoto líquido (auditório do IST).

[final, 5 de Maio].

6. Sessão de demonstrações com azoto líquido (auditório do IST).

[final, 5 de Maio].

7. Cerimónia de entrega do 1.º lugar nas Olimpíadas de Química Júnior 2012.

[final, 5 de Maio].

 

Pasta de dentes artesanal

Sob orientação da prof.ª Laura Pinto, as alunas Catarina Lopes, Diana Augusto e Filipa Lopes (todas da turma 7.º/6.ª), desenvolveram o seu miniprojecto de ciências (apresentado sob a forma de póster no stand do agrupamento escolar na Exposição AMADORA EDUCA 2012 [30 Mai. a 3 Jun.]), consistindo no fabrico de pasta de dentes artesanal a partir dos ingredientes abaixo indicados (um protocolo mais completo deste tipo de experiência pode ser encontrado aqui):

1. bicarbonato de sódio (NaHCO3);
2. sal de cozinha;
3. glicerina farmacêutica (C3H5(OH)3));
4. corante alimentar e/ou essência alimentar, dependendo do gosto ou efeito visual pretendido.

[Nota: as quantidades de cada ingrediente podem ser encontradas na hiperligação acima].
O procedimento experimental seguido pelas alunas é muito simples, estando exemplificado nas fotografias abaixo:

1. Misturar bem no gobelé o bicarbonato com o sal, adicionando de seguida a glicerina.

2. Misturar vigorosamente a mistura até ficar homogénea. Adicionar o corante (verde,
neste caso) e/ou a essência aos poucos, experimentando a pasta para verificar o sabor. 
Uma vez que a glicerina é um álcool de sabor doce, a essência deve ser devidamente doseada.

3. Guardar a pasta num gobelé devidamente tapado, num lugar fresco e arejado, longe da exposição solar. Com o tempo a pasta pode ficar dura, mas isso não significa que esta tenha ficado estragada.

Além do póster e da parte prática, as alunas aprenderam ainda outras etapas na realização dum trabalho de projecto científico, nomeadamente a elaboração do relatório de grupo.

Dada a idade das alunas, o contacto ainda inicial com o Clube de Ciências e a não participação em eventos como a Mostra Nacional de Ciência, este miniprojecto não foi sujeito a qualquer tipo de avaliação, como sucedeu com os projectos dos colegas mais velhos do 9.º ano, orientados pelo prof. Orlando R. Gonçalves.
Ainda assim, e dado o empenho demonstrado pelas alunas, pode dizer-se que os objectivos do seu projecto foram cumpridos com sucesso, esperando-se que as mesmas tenham ficado a gostar mais das ciências físico-químicas e a encarar a Ciência como um processo que se faz eminentemente com as mãos na massa...